Promotor
EGEAC, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural
Sinopse
Aquilo que ouvíamos é uma criação site-specific, pensada para um lugar que não um palco. Levando os espectadores numa viagem por histórias pessoais da relação com a música alternativa dos anos 80 e 90 e o seu consumo, e redescobrindo uma Lisboa e outras cidades onde essas histórias possam ainda ecoar.
era exactamente assim que era
se nos lembrássemos de como era
e,
de certa forma,
lembramo-nos.
Está a gravar?
Desta vez voltámos para nós próprios o gravador.
Convidámos uma banda (3 músicos) e mais 2 músicos, num total de 5, para que, no barulho ensurdecedor que fazem (chama-se música, pá!, ah, pois é), não nos deixarem pensar assim muito. Lembrarmo-nos, chega. Contar uns aos outros, chega. Dançar, também. Cantar, por vezes, trautear, outras. Outras, só ficar a ouvir, chega.
Desta vez, voltámos para nós o gravador.
Está a gravar, sim, o que é contas sobre isto?
Aquilo que ouvíamos parte das nossas experiências de escuta de música alternativa de diferentes estilos de meados dos anos 80 à passagem para os anos 90 (sendo que, em cena, estão diferentes gerações, por isso será mais rigoroso dizer que se estende no tempo para além [e antes] desse tempo). É, sobretudo, um espectáculo sobre como a música foi e é parte da identidade das pessoas que a escutam, e sobre um tempo em que a materialidade da música era crucial e em que muitas das nossas actividades e vivências se organizavam em torno disso.
Por exemplo, comprar vinis com parcas mesadas, trocá-los no pátio da escola secundária, fazer amigos por causa disso, comprar cassetes para gravar esses vinis, que assim se multiplicavam, ou comprar cassetes de concertos mesmo raros e mesmo mal gravados mas muito preciosos, ou cassetes gravadas com programas de rádio feitos por nós e para nós. Ou, quando aquilo que ouvíamos era muito daquilo que nós éramos ou, como a música nos conferia uma identidade. Aquilo que ouvíamos leva-nos numa viagem por histórias pessoais de relação com a música e o seu consumo, que criaram e definiram identidades ao longo do tempo que ainda perduram.
Teatro do Vestido
Ficha Artística
TEXTO E DIREÇÃO Joana Craveiro COCRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO Estêvão Antunes, Inês Rosado, Joana Craveiro e Tânia Guerreiro MÚSICOS CONVIDADOS (COCRIAÇÃO, COMPOSIÇÃO E INTERPRETAÇÃO) Bruno Pinto, Francisco Madureira e Loosers (Guilherme Canhão, José Miguel Rodrigues e Rui Dâmaso) PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya COLABORAÇÃO CRIATIVA Sérgio Hydalgo CENOGRAFIA Carla Martinez FIGURINOS Tânia Guerreiro IMAGEM João Paulo Serafim VÍDEO DIRETO João Paulo Serafim, Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya ILUMINAÇÃO Leocádia Silva SOM Pedro Baptista, Sérgio Milhano (PontoZurca) OPERAÇÃO DE SOM Pedro Baptista DIREÇÃO DE PRODUÇÃO Alaíde Costa ASSISTÊNCIA Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra, Tatiana Damaya APOIOS Centro Cultural Vila Flor, FX RoadLights, ZDB COPRODUÇÃO Teatro do Vestido, Teatro Nacional São João, EGEAC Programação em Espaço Público e São Luiz Teatro Municipal /// Ricardo Jerónimo, Sónia Guerra e Tatiana Damaya participam no projecto no contexto de estágio curricular, ao abrigo de protocolo entre o Teatro do Vestido e a ESAD.CR /// O Teatro do Vestido tem o apoio de República Portuguesa Cultura Direcção-Geral das Artes